sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

De herança

Outro dia no formspring.me (tirei o link porque vocês não me perguntaram nada e tava me incomodando o espação ocupado aí do lado – estava assimétrico, me dá TOC) a @camseslaf, pessoa de responsa na blogotuitosfera, me perguntou o que eu gostaria que a Nina herdasse de mim e do marido.

Respondi o seguinte:

“Pergunta mais difícil ever. É tão mais fácil ver os defeitos que eu gostaria de não transmitir. Quanto às qualidades que eu gostaria de ver nela futuramente, creio que não dependem de qualquer herança genética: inteligência, honestidade, tranquilidade. Se ela fosse adotada, esperaria o mesmo.”

Inteligência: se estimula desde bebê e com boas escolas/exemplos (leitura, conversas).

Honestidade: exemplo, exemplo, exemplo.

Tranquilidade: não sei bem como.

E eu acho isso mesmo. Não creio na genética quando se trata de personalidade. O E. (marido) até tem uma resposta pronta pra quem não gosta da ideia de adoção porque a criança poderia vir com “mau caráter de herança”: “Na tua família não tem vagabundo? Mau caráter? Babaca? Na minha tem. Todas têm”. Acho ótima.

(na família dele, e na minha, também tem gente boa, inteligente, simpática, honesta, a maioria, viu – sem ofensa!)

Mais tarde, pensando bem na pergunta, (sempre respondo no formspring de bate-pronto, fico felizinha de alguém me perguntar alguma coisa porque o formspring do vizinho sempre é mais verde; daí as respostas ficam meio incompletas), cheguei à conclusão de que gostaria muito que a Nina herdasse a minha saúde. Não que a do marido seja ruim, mas veja: ele tem colesterol e pressão altos. Já eu tenho que comer manteiga pra deixar meu colesterol em níveis normais – é tão baixo que posso ficar com testosterona baixa demais, e deusolivre (testosterona é o hormônio da libido). Ou seja, só ganhei na quina até hoje, mas com saúde, tive sorte.

Por outro lado, tenho que admitir que a Nina realmente herdou algumas características minhas, sim. O talento pra desenhar (que eu perdi, com a falta de exercício – de nada adianta a genética sem a prática) e a matraquice, principalmente. Bem, quando eu era criança, não era matraca-faladeira como ela (que fala o dia todo, leva bronca da tia na escola, continua falando enquanto vê seus desenhos, anda de bike, toma banho, o tempo todo, e ainda fala dormindo). Mas não conta porque eu tomava Gardenal, hahahahahaahah.

(é verdade, mas vale outro post)

Nenhum comentário: